Recentemente apresentamos aqui um artigo sobre a importância de uma agência de redes sociais dentro de uma estrutura de comunicação com os diversos públicos que estão em contato com determinada organização.
Dessa vez, trazemos luz a um outro assunto: o especialista em redes sociais. Como identificar um especialista? O que caracteriza tal função?
O que está no papel nem sempre vale
Para ser um especialista em mídia social não basta apenas ter feito algum curso.
Não basta também, algum dia, ter gerenciado um determinado perfil em redes como Twitter e Facebook. Isso se explica da seguinte forma: em muitos casos, um profissional não especializado é escalado para tais funções. Algumas agências (não-especializadas) e empresas contratam um comunicador (formado ou graduando em Marketing, Publicidade ou Comunicação) e estabelecem a função de “analista de redes sociais”. A grosso modo, seria como escalar um profissional de educação física para apitar uma partida de futebol americano, simplesmente por que o profissional “é da área”. Mesmo que ele seja grande fã da NFL (liga americana de futebol), se ele não conhecer a fundo as regras do jogo, com certeza veremos um desastre.
Ser da área de comunicação é, com certeza, um diferencial. Mas, em diversas situações, apenas isso não é suficiente.
Mas o que determina a capacidade de um especialista em redes sociais?
Destacamos 3 pontos fundamentais:
1 – Conhecimento técnico profundo de métricas e casos (de sucesso e insucesso). Fundamental para exercer a função, tal conhecimento é adquirido por aqueles que têm grande interesse em redes sociais e que praticam no dia-a-dia os ensinamentos. Exemplos: confira o blog pessoal/profissional do “especialista”. O simples fato de possuir um blog é praticamente essencial – não serve a história de casa de ferreiro espeto de pau em mídia social. Outro teste simples. Caso você não seja um profundo conhecedor de termos e de redes sociais, bata um papo com essa pessoa para que ela “descomplique” esse mundo para você. Alguns exageram nos termos técnicos que aprenderam em cursos ou na Internet e acabam confundindo ainda mais.
2 – Competências como a capacidade de escrever bem, de comunicar e de ler. Quem não lê, não escreve bem. Quem não escreve bem, tem dificuldades para se comunicar na Internet. E não vale ajuda dos corretores ortográficos. Vale novamente a dica de procurar um blog pessoal ou demais redes sociais do “especialista”. Você vai perceber como ele escreve e se comunica.
3 – Visão estratégica e inovação. Fazer o que todo mundo já faz não é difícil. Repetir o que outras empresas fazem em redes sociais tampouco. A inovação é essencial para criar algo diferente e enxergar “fora da caixa” é fundamental para o especialista em redes sociais. E, além disso, é necessário saber encaixar as ações online na estratégia de comunicação da empresa – caso contrário, os resultados não virão (ou serão pura sorte).
É imprescindível não confundir o trabalho de um especialista em mídia social com funções como: designer, assessor, RP, marketing, etc. As atividades fazem parte da comunicação da empresa e são complementares, não iguais. Por ser um campo novo, as dúvidas ainda são frequentes. A especialização é cada vez mais importante e recrutadores/agências/organizações devem prezar por isso para ampliar as chances de sucesso na web 2.0.