Muitas publicações de marketing digital na internet falam sobre taxa de conversão e da importância dessa métrica para as empresas. Mas você sabe na prática o que isso significa e como calculá-la? Neste artigo, ensinamos tudo sobre o assunto.
Confira até o final do artigo as seguintes informações:
O que é taxa de conversão?
Em resumo, a taxa de conversão se refere ao número médio, geralmente percentual, calculado com base no número total de acessos em uma página e no número de usuários que executaram uma ação pré-determinada.
A conversão, no caso, trata da ação de um usuário dentro de alguma plataforma da sua empresa que o transforma em um lead, ou de lead para oportunidade (e oportunidade para venda). É, basicamente, avançar a pessoa no funil de venda da sua empresa, dentro da jornada do consumidor.
Isso pode ser feito através de diversos gatilhos e estratégias, normalmente envolvendo o acesso em página ou recurso que exija uma ação específica para marcar essa mudança.
Para ficar mais claro, vamos usar um exemplo.
Imagine que você tem uma landing page e que essa landing page recebeu, no último mês, 1000 acessos. Desses 1000 acessos de usuários únicos, 155 se inscreveram para saber mais sobre seu novo curso de Yoga Extrema.
Assim, sua taxa de conversão para essa landing page foi de 15,5%.
Desse jeito, pode parecer até um pouco “bobo” ou raso calcular a métrica, mas é possível tirar análises valiosas desse indicador com base em alguns parâmetros. Incluindo calcular outros parâmetros relevantes, como o Custo de Aquisição de Clientes.
E, claro, para calcular a métrica é simples: número total de conversões / número total de acessos.
O que a taxa de conversão pode indicar?
Em um mundo ideal, todo acesso garantiria uma conversão na sua campanha, e todo usuário seria super qualificado para se tornar cliente da sua empresa.
Na vida real, claro, isso não é assim. Por isso, temos variações na qualidade da taxa de conversão das estratégias.
Ainda tomando como exemplo o curso de Yoga Extrema que citamos acima, vamos analisar dois cenários distintos.
Cenário 1 – Alto volume de acessos X baixa conversão
Se muitas pessoas acessam uma página, mas vão embora, você não está atraindo o público certo. Isso significa prejuízo financeiro (muitas vezes na forma de dinheiro gasto com anúncios para atrair esses visitantes para sua landing page ou site) e problemas na sua segmentação de usuários para a internet.
Assim, uma baixa taxa de conversão (vamos imaginar que apenas 10 pessoas se cadastrem no curso) pode apontar para um diagnóstico mais profundo sobre sua estratégia que apenas dar de ombros e dizer “isso não funciona” – você pode na verdade estar falando com as pessoas erradas e ter escolhido mal sua persona.
Outro problema possível nesse caso envolve legibilidade, qualidade de conteúdo e design. As pessoas estão acostumadas às UX (experiências de usuário) quase perfeitas das redes sociais na atualidade, então não vão gostar de páginas feias e pouco otimizadas.
É necessário que o conteúdo seja capaz de se adaptar aos diferentes dispositivos móveis e tamanhos de tela, que as imagens sejam leves e carreguem rápido e que a qualidade da navegação no geral seja boa o suficiente para levar o usuário até o formulário.
E se o seu texto não informa exatamente o porquê daquela pessoa estar ali (com um CTA ruim), qual o próximo passo e o que essa pessoa vai ganhar com isso, é bem capaz que desista de navegar por ali e não realize a conversão no formulário também.
Ou seja, uma baixa conversão pode indicar dois problemas principais:
- má segmentação de público para a campanha
- baixa qualidade no conteúdo e layout de página
A única maneira de resolver isso é realizando testes e modificando as estratégias enquanto rodam.
Cenário 2 – Baixo volume de acessos X alta conversão
Dos dois cenários, esse certamente é o menos pior. Isso porque, enquanto o investimento em anúncios ainda não traz o resultado esperado (as conversões provavelmente estão com valor alto e não estão encontrando usuários), ao menos as conversões se mantêm relativamente boas.
Dizemos relativamente porque é possível que, com o aumento do tráfego, elas não acompanhem no mesmo ritmo. Contudo, pouco acesso e alta conversão pode indicar problemas de segmentação de anúncio, mas uma boa aceitação dos usuários quando chegam à página.
É o caso da sua empresa não conseguir chegar a muitas pessoas, mas chegar nas pessoas certas e com a mensagem certa, pelo menos.
De qualquer forma, ainda exige uma otimização no volume de acessos para garantir que mais pessoas encontrem sua campanha. Uma boa forma de fazer isso é alterar a plataforma usada.
Se você está investindo mais no Google Ads, tente alterar para o Facebook Ads, se nenhum dos dois parece funcionar bem, pode ser que sua empresa B2B precise aplicar LinkedIn Ads.
Cenário extra – O pior dos casos!
Acima, mostramos que podem haver casos de baixas taxas de conversões ou baixo tráfego. Mas há ainda o pior cenário de todos: quando as conversões e o tráfego estão muito deficientes.
Nesse caso, é necessário paralisar a campanha e avaliar todas as peças e etapas da conversão.
Comece pelos criativos de anúncios e entenda se as imagens possuem boa qualidade e comunicam sua mensagem claramente, se o texto é conversivo e tem bons gatilhos mentais, se a segmentação e palavras-chave escolhidas dentro dos gerenciadores de Ads estão configurados corretamente e, só aí, vá para a landing page.
Depois de chegar na sua LP, é hora de analisar a escolha de imagens, a escolha de argumentos para conversão, avaliar se o formulário não é muito extenso para o público (no caso de topo de funil, peça menos informações, como apenas nome e e-mail) e entender se a conversão que pretende realmente traz um benefício para quem acessa a página.
Afinal, as pessoas estão cedendo dados pessoais em troca de alguma coisa, e essa coisa pode ser um e-book, um teste grátis de uma ferramenta, uma conversa com um especialista ou ainda uma solicitação de orçamento, mas isso precisa fazer sentido para elas e para o mundo de forma geral.
Por fim, o problema nas suas taxas de conversão pode estar além das estratégias de marketing. Afinal, é importante que o produto oferecido também seja atrativo e valioso para a persona em questão. Se o seu curso de Yoga Extrema é feito com videoaulas de 2 minutos e sem um professor, pode ser que ninguém queira comprar, não importa o quão boa seja a sua estratégia.
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